(FMP - 2020) Disseram que desejavam nos colocar numa reserva, construir-nos casas e fazer-nos tendas para curar. No quero nada disso. Nasci na pradaria, onde o vento sopra livre e no existe nada que interrompa a luz do sol. Nasci onde no havia cercas, onde tudo respirava livremente. Quero morrer ali, no dentro de paredes. Conheo cada corrente e cada bosque entre o Rio Grande e o Arkansas. Cacei e vivi nesse territrio. Vivi como meus pais, antes de mim, e, como eles, vivi feliz. Quando estive em Washington, o Grande Pai Branco disse-me que toda a terra comanche era nossa e que ningum deveria impedir-nos de morar ali. [] O lugar em que vocs dizem que devemos viver pequeno demais. Parra-Wa-Samen (Dez Ursos) apud BROWN, D. Enterrem meu corao na curva do rio. So Paulo: Melhoramentos, 1985, p. 174. Adaptado. Mas nem sempre as relaes eram amistosas: os ndios procuravam obter mercadorias fora ou atravs de emboscadas, fatos fartamente ilustrados em livros e filmes. Bastava aos assaltantes vigiar as fontes de gua ao longo das rotas mais frequentadas e aguardar pacientemente a passagem de uma caravana. Isso explica o fato de os ndios se terem tornado objeto de um dio feroz por parte dos viajantes, convencidos de que o nico ndio bom o ndio morto. FOHLEN, C. O faroeste: 1860-1890. So Paulo: Cia. das Letras, 1989, p. 27. Adaptado. Considerando a situao social dos Estados Unidos, no sculo XIX, os dois textos abordam perspectivas